21 de março de 2014

Opinião: Doctor Who - 4ª temporada



Doctor Who 4ª temporada

Se há algo que eu gosto em Doctor Who é a dose de humor presente em todos os episódios, na medida certa. Catherine Tate trouxe isso numa quantidade enorme e extremamente eficaz. David Tennant também teve a melhor dose de humor de todas as temporadas.
Donna Noble (Catherine Tate) é a companheira do Doctor nesta temporada. Ela já nos tinha sido apresentada num dos especais de Natal, então vê-la de volta foi extraordinariamente fantástico. Donna é uma personagem bastante carismática: com o seu “oi!”, pensamento rápido e reações explosivas, ela é a “drama queen adorável” que o Doctor precisava. Para além disso, ela também é extremamente compreensível o que, na TARDIS, já uma estabilidade que o Doctor precisa para lidar com as várias atrocidades.
Nesta temporada, passámos por Pompeia. Foi, sem dúvida, um dos melhores episódios, na minha opinião. Eles até gravaram em Itália! Descobri isso através dos documentários do Doctor Who Confidential. Vejam, se puderem. Muitos deles estão no Youtube, o que é fantástico, dá-nos uma perspetiva da série que valoriza muito mais a equipa inteira do Doctor Who. Donna é uma peça fundamental neste episódio, já que ela mostra ao Doctor que, apesar de não ser possível mudar os acontecimentos históricos, pode-se salvar algumas pessoas. Acho que foi bastante notável e frustrante ver o sofrimento da Donna e do Doctor, cada um na sua perspetiva, sobre o que fazer.
Outro episódio marcante foi, claro, escrito por Steven Moffat, em relação aos Vashta Nerada, ou Shadows (Sombras). Steven gosta muito de brincar com os nossos medos de infância e, desta vez, foi o medo do escuro. Afinal, há um motivo para termos medo do escuro: existem Sombras nelas. Elas são carnívoras e o pior de tudo é que são um inimigo que não conseguimos ver imediatamente e tocar, porque se tocarmos nas Sombras, morremos. Neste episódio, conhecemos River Song que parece que faz parte do futuro do Doctor. Pessoalmente, adorei-a. Destemida e gentil seriam duas palavras que eu usaria para a descrever neste episódio. Espero vê-la no futuro.
A series finale desta temporada foi bastante angustiante, já que eu sabia (foi a Ophelia que me contou) que esta seria a última temporada em que o David Tennant estaria. Então, o episódio em que a Donna é forçada a alterar o seu passado foi bastante frustrante. Felizmente, apareceu a Rose Tyler e resolveu a situação. Depois temos os Daleks. Como sempre, eles foram os vilões dos episódios e eu não gostei disso, já que sabia que o Doctor ia morrer. Quando um dos Daleks tentou exterminá-lo, o meu coração parou (acho que metaforicamente falando, mas não tenho a certeza), para além de ter ficado cheia de lágrimas nos olhos por a Rose se ter encontrado finalmente com o Doctor. Captain Jack, Martha Jones e Sarah Jane Smith também estrelaram nestes episódios, mas no fim, foi Donna quem salvou a Humanidade e isso custou-lhe todas as memórias que ela tinha com o Doctor. Extremamente triste ver uma personagem tão afável como ela ir embora da série daquela maneira. O meu coração partiu-se em mil pedacinhos, de novo. Contudo, Rose Tyler ficou com o Doctor. Quero dizer, não é o Doctor Original, digamos que é uma cópia do Doctor, com só um coração, ou seja, humano. Ele aconteceu porque Donna libertou o espírito regenerador que o Doctor tinha armazenado. Se não compreenderam, não se preocupem, Doctor Who é um monte de wibbly wobbly timmey winney de coisas incompreensíveis.
Mas se a series finale foi triste, então os dois episódios de The End of Time foram uma choradeira pegada. Eu não estou a brincar. Os Senhores do Tempo de Gallifrey dão o ar da sua graça, assim como o Mestre. Porém, este em comparação com os mauzões de Gallifrey é um gatinho de cinco meses. Rebelde, mas não mortífero. O avô de Donna aparece como um dos protagonistas dos episódios, o que para mim é ótimo, porque eu adorei-o desde que ele tinha aparecido num dos especiais de Natal. Para o Doctor, ele é uma inspiração. O próprio Doctor admite que gostaria que ele fosse o seu pai. Acho que o avô da Donna é uma personagem cheia de personalidade e cheia de amor para dar. O desejo de manter o Doctor a salvo é o que todos nós desejamos. Adorei vê-lo como uma das personagens principais.
Para finalizar, é nestes episódios que nos podemos despedir de David Tennant, já que o Doctor tem que regenerar porque, para salvar o avô da Donna, ele teve que levar com uma extrema carga elétrica. Vou admitir, eu chorei imenso. A parte final é devastadora para qualquer fã do Doctor, uma vez que ele se vai despedir de todas as personagens e ainda volta para o passado, para o tempo em que Rose Tyler ainda não o tinha conhecido. Por fim, vemo-lo a ser regenerado e a ir de viagem para algum lugar.

Vou sentir saudades do David como Doctor e da Catherine como Donna. Para última temporada do David, não poderia ter sido melhor. Eu gostei muito da 2ª temporada, mas esta foi cheia de humor e momentos fantásticos. Donna é uma excelente personagem e gostaria de a ver por mais um bilião de temporadas. David é também um ator fantástico e vou ter saudades do Doctor a dizer “allons-y!” e “brilliant!”.


Nota da temporada: 9/10

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