Doctor Who – 2ª temporada
Esta temporada foi… indescritível.
Primeiro, devo de dizer que David Tennant é muito
bom ator! Eu às vezes fazia aquele treino de pensar como é que o nono Doctor
faria tal coisa (gestos, palavras, entoação, maneira de resolver problemas) e
depois via que não há diferença, em relação ao ator. Depois, o décimo Doctor
cativou-me de uma maneira estonteante. No início estava um pouco receosa, mas
logo no segundo episódio isso passou.
Em segundo lugar, tenho que dizer que esta temporada
colocou-me um trauma de infância (e atenção que eu já não sou criança) e
partiu-me o coração em mil pedacinhos pequeninos. Nunca nenhuma série me tinha
feito isto antes, mas, antes de chegar á parte em que ela me partiu o coração,
vamos dizer que o episódio The Girl in
the Fireplace, escrito por Steven Moffat é o meu episódio favorito, mas
também aquele que me colocou um trauma de infância. Existem umas máquinas que
querem o cérebro de Reinette, e a primeira delas aparece logo debaixo da cama
da coitada! Todas as noites, olho para debaixo da minha cama, para ter a
certeza que não está lá nada, porque sei que não haverá nenhum Doctor para me
salvar a vida.
Esta temporada introduziu-nos outro vilão (na
primeira temporada foram os Dalek): os Cybermen. Eu tenho que dizer que tenho
mais medo dos Cybermen do que dos Dalek, apesar de saber que estes últimos são
quase imortais. Para além disso, eles são terrivelmente irritantes! Há algo
neles que me provoca uma inquietação, talvez por eu não ser fã de sci-fi,
especialmente robótica. Eu odeio robots (a não ser o de cozinha, que rala muito
bem a cenoura) e por esse motivo é que não consegui simpatizar-me com os
Cybermen. Para além disso, jamais irei usar um auricular de telemóvel no
ouvido!
Os dois últimos episódios foram bastante chocantes.
Primeiro de tudo, ficámos a descobrir melhor os mistérios de Torchwood e tenho
que dizer que adorei a chefe deste Instituto! Carismática, sem brincadeiras e
destemida. Contudo, não foi essa a surpresa deste duplo episódio, mas sim o
facto de Rose ter ido para o mundo paralelo. Os Cybermen foram descobertos
quando, acidentalmente, a TARDIS entrou num mundo paralelo, onde o pai de Rose
estava vivo. No último episódio, o Doctor e Pete tentam a todo o custo levá-la
para um mundo onde ela estará a salvo dos Cybermen e dos Daleks. Esse mundo, é
o mundo paralelo, para onde Jackie (a mãe de Rose) também foi. Foi angustiante
vê-la a bater contra a parede, a implorar para voltar e chamar pelo Doctor. No
final, Doctor consegue encontrar-se com ela numa praia na Noruega, cuja
tradução é Baía Bad Wolf (estas duas últimas palavras perseguem-nos ao longo
das viagens). Mas, para piorar a situação, o Doctor não tem tempo para lhe
dizer que a ama. Portanto, o Doctor estava a chorar, Rose estava a chorar, eu
estava a chorar. Não foi bonito de se ver e deixou-me profundamente triste.
Nunca pensei que uma série fosse capaz de me partir o coração, mas afinal é
possível, sim!
O que mais me entristece é que, como Rose está no
mundo paralelo, e o Doctor não pode viajar para mundos paralelos, somos capazes
de não voltar a vê-la.
Nota da temporada: 10/10
Agora vou ver a 3ª temporada, mas um pouco (muito)
triste.
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