The Escape Artist
Depois de ver os três episódios quase todos de
seguida, o que eu posso dizer, para começar este review, é que não é por acaso
que está na coleção de Great British Drama.
Tenho que dizer que eu comecei a ver porque tinha um
ator que eu adoro: David Tennant, mas no final, eu fiquei encantada com todos
os atores, especialmente com o ator que interpreta Jamie, Gus Barry.
A história gira toda em volta de um advogado, William
Burton e de um assassino que ele defendeu, mas que acaba por matar alguém muito
próximo a William. Os dois quase não interagem, a não ser no primeiro episódio
(em que William o defende em tribunal) e no último episódio.
Se no início tudo se tratava de uma história de onde
falha a Lei e no facto de todos, sem qualquer exceção, terem o direito de serem
defendidos, no final, trata-se de uma história de vingança com motivos tão
crédulos que tornam impossível julgar alguém, e de como criar o crime perfeito.
Uma série cheia de mistério, personagens credíveis e bastante reais, que trazem
um frio na barriga cada vez que falam porque nunca sabemos o que elas podem
dizer.
A série também explora vários lados da vida
quotidiana e os problemas com que somos confrontados quase diariamente. Do ponto
da vista da Advocacia, as falhas que a Lei demonstra e que, usadas nas mãos
erradas (ou demasiado certas), podem favorecer o culpado e trazer o sofrimento
a toda uma família, é o tema mais explorado. Mas não só: William, vendo a Lei,
que ele tanto segue, falhar-lhe, decide fazer justiça com as próprias mãos,
sempre com um lado de restrição e inteligência máxima. Afinal, a grande questão
é: quando a Lei, que é suposto proteger-nos e fazer justiça, falha, o que
podemos fazer por nós próprios de maneira a ultrapassarmos a dor e injustiça
que sentimos?
Para passar uma boa tarde de domingo, nada melhor do
que assistir a esta grande série de Grande Drama Britânico, que nos faz pensar
melhor sobre a Vida.
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