Doctor Who 6ª temporada
Esta temporada de Doctor Who teve os seus altos e
baixos. De todas as temporadas até agora, foi a mais inconstante a nível de
storyline geral da história.
Os dois primeiros episódios foram verdadeiramente
chocantes e para início de temporada não me conquistaram porque ficaram muito
mal explicados. Pensei que as coisas se resolvessem no final da temporada, mas
tal não aconteceu. Atenção, a storyline que ficou aberta nos dois primeiros
episódios foi explicada, mas houve certos detalhes que escaparam aos escritores
e que para mim, eram necessários serem explicados, como por exemplo, por que é
que eles tiveram que fingir a sua morte? Há um salto no tempo, de um episódio
para o outro, que também não foi explicado devidamente.
The
Curse of the Black Spot e The Doctor’s Wife foram um dos meus episódios favoritos. Adorei ver
Amy em ação, no navio de piratas, adorei ver a enfermeira que usava a música
para tratar dos seus pacientes e adorei ver a devoção que Amy tem a Rory. Foi
um episódio cheio de emoções felizes. Em The
Doctor’s Wife, conhecemos a TARDIS em pessoa! Literalmente! O episódio foi
um pouco angustiante porque havia algo que queria comer a vida da TARDIS e
brincou com Rory e Amy de uma maneira absolutamente cruel.
Em The Rebel
Flesh e The Almost People, foi a
descida descomunal da temporada. Os episódios não tiveram ponta por onde lhes
pegasse. Os seres que não eram humanos, mas sim criações de um líquido estranho
(não foi explicado como, quando, onde e porquê foi criado). Eram perfeitos doppelgangers. Depois, provou-se que Amy
era uma daquelas criações bizarras, e fomos parar a um mundo completamente desconhecido.
A
Good Man Goes To War nem foi dos piores episódios, mas foi
tudo uma grande enrolação de storyline. A revelação final foi chocante (a filha
de Amy e Rory – Melody Pond – é River Song), tenho que admitir, mas o episódio
em geral foi um fracasso por não ter tido nada de interessante para mostrar. Let’s Kill Hitler foi um pouco mais
interessante, mas o título em si não mostra nada. Ninguém mata o Hitler, ele
fica esquecido num armário!
Night
Terrors brinca com os medos das crianças: quando eles se
acumulam num lado, tornam-se realidade. Também brincam com o ditado “skeletons
in the closet”. E, para surpresa, o menino nem é humano! Apesar de não ter sido
um episódio muito elaborado a nível de storyline, este episódio valeu pelos
quatro episódios anteriores. Já tinha saudades de ver o Doctor a ajudar
crianças e as suas famílias.
The
Girl Who Waited foi o meu episódio favorito. Eles
perdem Amy num local onde o tempo de desloca de maneiras diferentes para cada
pessoa. Quando a reencontram, Amy já viveu 36 anos naquele lugar. Rory é
forçado a tomar uma decisão: levar a Amy que encontrou, ou salvar a Amy que
ainda não viveu todo aquele tempo. Foi inexplicável. Rory salva a Amy jovem,
mas também tenta salvar a Amy envelhecida. Contudo, a TARDIS jamais aguentaria
um Paradoxo, então o Doctor mente. Não gosto quando lhe é dado este poder de
decisão, até porque eventualmente, o Rory também teve que fazer parte dessa
decisão, mas no final, quem toma a decisão final, é a Amy que viveu 36 anos
naquele lugar inóspito.
The
God Complex foi desastroso. Aquele episódio não
teve sentido nenhum. O hotel era uma prisão, as pessoas eram escolhidas ao
acaso e o monstro alimentava-se da fé das pessoas, mas no final, não percebemos
qual era a sua função naquele lugar tão estranho, de onde ele tinha vinda, o
que estava ele a fazer ali… Até a sua morte foi ignorada. O Doctor tentou
dar-lhe valor, mas a storyline á volta ofuscou aquele momento. Foi demasiada
informação no final, como se tivessem pouco tempo para explicar as coisas.
Em Closing
Time, temos os Cybermen. O episódio não foi feito para falar mais sobre os
Cybermen, já que eles foram falados imensas vezes anteriormente. Este episódio
foi focado na amizade que tinha sido criada na temporada anterior entre o
Doctor e Craig. Ele tem agora em mãos um filho, um fim-de-semana sozinho e o
problema dos Cybermen. Achei um episódio bastante leve, com uma storyline
consistente durante todo o episódio e com momentos cheios de humor. No fim,
quem vence é o amor e eu achei isso uma das mensagens mais importantes que a
série pode contar.
O episódio da season finale foi bom, mas não foi
excecional. Doctor e River casam-se, o que não achei surpreendente, na verdade,
acho que até já tinha sido mencionado antes. Porém, eu desatei a rir à
gargalhada quando vi o Churchill dizer “download”. Algo que não existia na época
dele! Algo de génio foi esclarecido. Quero dizer, a profecia “quando a
perguntar for feita, o silêncio irá cair. A pergunta que está escondida á
frente de todos”, foi genial! A pergunta é: Doctor quem?, ou seja, o nome da
série: Doctor Who? O silêncio, não
era a espécie que iria ser erradica, era o Doctor que iria morrer, porque se
ele deixar de existir, o silêncio é o dele. Toda a equipa de roteiristas está
de parabéns, deixaram esta profecia no ar a temporada toda e só foi desvendada
no final, de um jeito épico! Eu fiquei surpreendida, porque sempre que a
profecia era proferida, eu pensava qual era a pergunta e, afinal, estava
escondida mesmo à nossa frente! Fantástico! Fui surpreendida de uma maneira
absolutamente brilhante!
Nota da temporada: 7/10
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