Avisos: linguagem imprópria
Capítulo 18
O jantar foi óptimo e as minhas amigas não pararam de falar o jantar todo, mesmo falando Inglês.
-Hoje vou dormir no meu quarto, Tay. Sozinha.
Ele olhou para mim estupefacto, mas depois os seus olhos tornaram-se compreensivos.
-Tudo bem.
Ele levou-me até à porta do meu quarto, deu-me um beijo na testa e depois foi para o seu quarto.
Entrei também no meu e fechei a porta, ou tentei, porque algo me impediu de a fechar. Abri-a um bocado para ver o que a estava a impedir e lá estava a última pessoa que eu queria ver naquele momento: o Jorge.
-O que é que tu queres?
-Tem calma! Só queria saber se tinhas chegado bem! – disse ele inocentemente.
-Vai-te embora – disse-lhe sem paciência.
-Porquê?
Aquele cinismo já me estava a irritar. Queria telefonar ao Will, queria ir ter com o Taylor de maneira a me sentir segura. Neste momento queria estar acompanhada nem que fosse com uma cobra.
-Estou cansada e quero ir dormir, por …
-Podemos acabar o que no outro dia ficou por acabar – interrompeu-me ele, com um desejo sádico evidente nos olhos dele.
-Vai-te embora! – gritei bem alto, na esperança que alguém me ouvisse.
Empurrou-me e eu caí para trás. Ele fechou a porta e pegou-me levando-me para a cama.
-Larga-me! – gritei.
-Sua cabra! Pensavas o quê? Que ias sair impune ao que me fizeste?
-Deixa-me em paz!
-Não – rosnou ele.
Beijou-me o pescoço e arrancou o meu casaco fazendo saltar os botões.
-Pára! – implorei com as lágrimas a virem-me aos olhos.
Tirou os meus calções e eu tentei a todo o custo tirá-lo de cima de mim. As lágrimas turvavam-me a visão e ele parecia aproveitar-se disso.
****
Depois de me ter feito mal, desapareceu. Não me conseguia mexer. Tinha medo, fúria, dor, tudo ao mesmo tempo, como se todos esses sentimentos não tivessem piedade de mim e pensavam que eu era culpada.
Recomecei a chorar até adormecer, passando a noite toda a ter pesadelos e a ter dores em todo o lado. Eu tinha a certeza que estava cheia de nódoas negras, tal era a dor. Cada vez que respirava doía-me o diafragma, a garganta e os pulmões. Como não tinha fechado a janela, vi o dia a clarear e daqui a nada devia de me estar a preparar para um novo dia.
Fechei os olhos por breves instantes voltando a adormecer e quando acordei, percebi que estavam aos murros na minha porta. Queria falar, queria mexer-me mas não conseguia. O clique da porta ouviu-se e passados dois segundos o rosto do Taylor apareceu à minha frente.
-Malu. Meu amor, quem te fez isto?
Esforcei-me por falar, apesar da minha garganta parecer uma lâmina cortante cada vez que falava.
-Jorge – sussurrei.
A cara dele encheu-se de fúria e eu fechei os olhos, com medo dele.
-Temos que levá-la ao hospital – disse uma voz que eu deduzi ser do Will.
-Sim, é melhor – concordou o Taylor.
Ele pegou-me ao colo e tirou-me do quarto. Tentei a todo o custo, a caminho do carro não emitir qualquer som que revelasse a minha dor, mas foi impossível e o Taylor fez uma cara de sofrimento terrível.
-Já vai passar amor, já vai passar – disse ele rapidamente.
***
Passei dois dias no hospital, sempre com o Taylor, com as minhas BFF, com a minha mãe, com a Jane ou com o Will ao meu lado. Todos do elenco vieram ver-me e a Ashley começou logo a chorar mal me viu. Ficaram todos chocados com o que tinha acontecido e obrigaram-me a arranjar o melhor advogado do mundo para o processar.
No terceiro dia fui para o hotel e fiquei no quarto do Taylor e ele obrigou-me a ficar deitada outros dois dias. As nódoas negras praticamente já não se notavam e por isso no próximo dia poderia ir trabalhar.
-O teu aniversário é depois de amanhã.
-Pois é – afirmei.
-A Ashley já preparou tudo – disse ele.
Olhei para ele chocada. Era suposto ser eu ou a minha mãe a tratar disso, não a Ashley, mas pronto. Quem é que consegue contrariar a Ash?
-Ao menos ficou simples e giro, certo?
-Claro – sorriu ele.
Gravámos o dia inteiro no estúdio da sala de estar dos Cullen. Foi um dia muito fácil, porque estávamos todos juntos e foi muito divertido e ao mesmo tempo foi difícil porque havia sempre alguém que se enganava e então tínhamos que recomeçar de novo.
-Hoje estão dispensados. Podem ir e não se esqueçam de voltar amanhã – disse o Chris.
Cada um foi para o seu hotel e a Jane lá nos levou a mim e ao Taylor para o hotel. Iria descansar mas as minhas BFF mais o Will apareceram na recepção, super produzidas (e produzido) que mais parecia que iam para uma festa.
-Vamos divertimo-nos hoje à noite enquanto ainda és menos de idade! – exclamou a Gabi.
-Sim, porque quando tiveres dezoito, não vai ter piada nenhuma – disse a V.
Mas elas são malucas? Passaram-se? Os ares de Vancouver estão a fazer-lhes mal?
-Estamos cansados – disse o Taylor. – E a única coisa que queremos agora é dormir.
-Vá lá – insistiu o Will. – Vamos divertir-nos.
-Desculpem, mas estamos a falar a sério – disse-lhes. – O dia de hoje foi muito cansativo.
-Muito bem, não vão, pois não? Vamos nós – decidiu a V.
-Oh, não, por favor, não quero fazer de vela! – lamentou-se a Gabi.
-O problema é teu. Se quiseres, arranjas um giraço num estalar de dedos na discoteca – brincou a V.
-Mas eu não sou tu!
-Ainda bem! Se fôssemos gémeas como é que nos distinguíamos? – gozou a Vanessa.
-Vão e divirtam-se. Sem nós – disse-lhes.
Despedi-me deles os três e eu e o Tay fomos para o quarto.
-Que dia – suspirei atirando-me para o sofá.
-Hora de tomar o remédio – avisou ele.
Foi à mini cozinha que tinha no quarto e veio com três comprimidos e um copo de água. Engoli tudo de uma só vez e recostei-me no sofá. Ele sentou-se ao meu lado e ligou a TV na E!. Estava a dar uma reportagem sobre o novo videoclip da Lady Gaga e sobre o facto de ela ter ou não a idade que ela realmente tem.
-Estás bem? – perguntou ele.
-Estou. Só cansada – disse-lhe. Já estava tão acostumada com aquela pergunta nos últimos dias, que já respondia quase automaticamente. – Vou para a cama. Boa noite.
Beijei-o de uma forma muito doce, fui para a casa de banho vestir o meu pijama e fui para a cama. Adormeci como uma pedra e quando acordei, o Taylor já estava vestido e pronto para sair do quarto.
-Bom dia – disse ele. – Não te queria acordar.
-Não acordaste. Bom dia.
-Vai tomar um banho, eu espero aqui – sussurrou ele enquanto acendia a televisão.
-OK – disse-lhe levantando-me e andando para a casa de banho.
Tomei um banho rápido e vesti uns calções azuis escuros, muito curtos, uma túnica branca que cobria os calções e umas sandálias de salto alto brancas. Sequei o cabelo e saí da casa de banho. Logo à noite tinha que ir buscar mais roupa e meter alguma na lavandaria para lavar.
-Estou pronta! – exclamei.
Ele olhou para trás e arregalou os olhos. Chegou-se ao pé de mim muito devagar e roubou-me um beijo muito gostoso, daqueles que tiram o fôlego a qualquer pessoa.
-Estás uma brasa hoje – sussurrou ele ao meu ouvido.
-Obrigada. Podemos ir?
-Claro!
Descemos as escadas para tomar o pequeno-almoço e seguimos no carro dele. Fomos um dos primeiros a chegar ao local, por isso, não demorámos muito a vestir a pele do Jacob e da Nessie.
-Oh, já chegaram! – espantou-se o Chris mal nos viu já caracterizados e tudo. – Então, ao trabalho. Cena da primeira noite sozinhos.
Olhámo-nos por um breve momento e depois acenámos ao Chris. Pegámos nos guiões e pusemo-nos a estudar a cena. Pois, é que não tínhamos estudado nada ontem, mas como era uma das cenas que eu mais gostava no guião (sem ser pervertida, mas é uma cena muito amorosa), já a tinha estudado um bocado, mas tinha sido logo no início, quando ainda estava a ler o guião por isso, não me lembrava de todas as falas.
O meu telemóvel tocou e eu atendi.
-Estou?
-Oi filha – disse a minha mãe em Português.
-Oh, olá mãe!
-Tenho uma coisa para te contar, mas não fiques triste, está bem?
-Sim, diz – pedi, nervosa. O que tinha acontecido para eu ficar triste?
-É que eu tenho que voltar para o Brasil. Fui promovida e tenho que ir o mais depressa que puder.
Não respondi. A minha mãe tinha que se ir embora? Não! Eu não passaria sem ela. Mas por um lado, amanhã faria dezoito anos, por isso, já seria maior de idade. Tinha que começar a ganhar alguma independência.
-Querida? Se quiseres posso negar.
-Não! É a tua vida e eu vou se maior de idade daqui a menos vinte e quatro horas. Claro que deves ir!
-Se quiseres…
-Já disse que não. E quando é que vais? – perguntei. Eu não queria largar a minha mommy, mas tinha que compreender que neste momento, eu estava a tornar-me uma pessoa independente.
-Hoje ao final da manhã – respondeu ela reticente.
-Ah – foi tudo o que consegui dizer. – Mas ainda te vens despedir, não vens?
-Claro que sim! Já pedi há Jane e ela vai levar-me aí daí a pouco.
-OK. Está bem. Até já – despedi-me.
-Até já.
Desliguei e fiquei congelada.
-Malu? – perguntou Taylor, abanando-me o ombro.
-A minha mãe – disse-lhe num sussurro. – Ela vai voltar para o Brasil.
-Oh, Maria – lamentou-se ele e abraçou-me de uma maneira que só ele sabia.
Comecei a chorar, mas como sabia que a minha mãe devia de estar quase a chegar, engoli as últimas lágrimas. Não queria que ela me visse assim.
-Vamos começar? – perguntou o Chris.
Capítulo 19
-E… acção!
-Jacob? – perguntei, um pouco assustada.
-Não tens que ter medo Nessie. Minha. Nessie – disse ele beijando-me tirando-me o fôlego.
Agarrou na minha cintura e puxou-me para si. Coloquei as minhas mãos na sua nuca e lá ficaram, mexendo no seu cabelo. Começámos a andar para trás e ele colocou-me muito lentamente em cima da cama.
-Corta! – disse o Chris. – Malu, está aqui alguém que falar contigo.
Olhei para onde ele estava e a minha mãe encontrava-se lá.
-Mãe! – gritei e corri até ela e abracei-a fortemente.
-Oh, Luísa! Eu não te queria deixar aqui, mas tem mesmo que ser.
-Eu sei, mãe – disse-lhe e desfiz o abraço, encarando-a. – Vai, mas dá notícias, OK?
-Está bem. E tu também, OK? – ela olhou por cima do meu ombro e disse em Inglês: - Cuida dela, está bem?
-Pode ficar descansa – disse Taylor, abraçando-me pela cintura. – Eu vou cuidar dela.
-OK – disse ela. – Agora tenho que ir, Malu.
-Mãe! – disse abraçando-a outra vez e chorando no seu ombro.
-Oh, Malu! Vá lá! – exclamou a minha mãe, também começando a chorar.
-Vou ter saudades tuas – disse-lhe.
-Eu também minha querida. Eu também – disse ela afagando o meu cabelo. – Agora, tens que fazer o teu trabalho, aquilo que gostas, está bem?
Acenei com a cabeça e acabei com o abraço.
-Está na hora de irmos – disse Jane.
-Mãe, está na hora de ires – traduzi a Jane para a minha mãe.
-Está bem. Fica bem.
-Tu também.
Demos mais um abraço e depois ela foi-se embora.
-Taylor… - disse e depois abracei-o.
Ficou a fazer festinhas no meu cabelo, até o choro passar. Todos da equipa de filmagens fizeram um intervalo prolongado, para eu me acalmar.
-Eu estou bem – disse passados uns minutos.
-Tens a certeza? – perguntou ele. Eu limitei-me simplesmente a acenar. – Está bem.
Voltámos a regravar tudo e por aqueles momentos em que eu me metia na pele da Nessie, até me esquecia que naquela hora, a minha mãe já devia de estar a caminho do Brasil.
-Malu! – gritou a Ashley mal entrou no estúdio. – Amanhã cancela todos os planos para logo à noite porque é o teu aniversário e, eu, Ashley Greene, que não perco nenhuma festa nem que o mundo acabe, decidi fazer a tua festa! Vai ser maravilhoso e já convidei todos os que precisam de lá estar.
-Tem calma! Disseste isso tudo num só fôlego? – brinquei.
-Parece que sim. Mas olha, vai ser maravilhoso! E também já lá estão as tuas prendas! Excepto a do Taylor …
-Ashley! – avisou o Taylor.
-O quê? O que é a minha prenda Taylor?
-Obrigada Ash – disse Taylor irónico.
-Não foi nada!
Encolhi os ombros e despedi-me da Ashley, entrando no carro do Taylor.
Ele andou com o carro normalmente e deu-me a sua mão, conduzindo apenas com uma.
-Diz-me uma coisa: tens carta de condução?
-Sim, tenho – respondi e depois compreendi. – É um carro a minha prenda?
Ele encolheu os ombros e não disse mais nada.
-Malu! – disseram as minha duas BFF mal me viram chegar ao hotel.
-Oi – disse-lhes. Elas estavam com um lenço na mão e com os olhos inchados.
Boa! Elas também já sabiam!
-Já sabem? – perguntei, já sabendo a resposta.
-Sim – acenaram elas.
-Agora somos só nós – lamentou-se a Vanessa.
-Não vamos pensar em coisas tristes, pode ser? – disse, desviando o assunto. – Amanhã é a minha festa!
Elas sorriram e ficámos a falar ainda um bocado no elevador até elas irem para o andar delas. Mal a porta se fechou, Taylor puxou-me para um beijo muito intenso, demorando. As nossas línguas dançavam juntas numa dança que não tinha falhas.
-Gosh! Beijar-te o tempo todo, o dia todo e não te poder beijar como quero, é horrível – afirmou ele.
-É. Eu sei que é horrível porque eu também passei pelo mesmo – disse enquanto abria a porta do meu quarto para ir buscar umas coisas.
-Podemos ficar aqui hoje? – perguntou ele.
-Sim, podemos – disse baralhada.
-Vou só buscar umas coisas – avisou ele.
Saiu e passados uns minutos voltou. Fui tomar banho e depois foi ele. Ficámos os dois sentados no sofá, e eu fiquei constantemente a olhar para o relógio á espera da meia-noite. Porque eu tinha ideias muito melhores para passar as minhas primeiras horas de independente.
Eu tinha um short muuuuuuito pequeno e um top vermelho de seda que me ficava muito sexy.
-Taylor – sussurrei aproximando-me dele sensualmente. Ele desviou os olhos da TV e eu aproveitei para o beijar como senão houvesse amanhã.
Ele tentou deter-me, mas eu puxei-o mais para mim e dei uma volta com a minha perna, ficando sentada em cima dele. As suas mãos percorreram as minhas costas e parou nas coxas, dando um leve aperto nelas fazendo-me gemer.
-Malu… - sussurrou ele enquanto me dava beijos no pescoço. – Por muito sedutora que estejas hoje, não é a altura certa para fazermos isto.
Fiquei… chocada. O quê? Ah, não, eu não tinha vestido isto para dormir apenas ao lado dele. Eu precisava mais dele do que simples carícias e beijos.
-Mas… - tentei argumentar, mas ele deu-me um breve selinho e mostrou o sorriso que mais gosto.
-Só digo que agora não, está bem? – disse ele olhando-me com o maior ar de apaixonado de sempre.
-Vale a pena argumentar contra ti? És como a Ashley! Levam sempre a vossa vontade até ao fim. Nunca cedem!
Saí do colo dele e fui até há varanda. Bolas! Porque é que eu nunca conseguia o que queria? Eu tinha vestido aquilo de propósito, porque nem morta, aquele era o meu pijama habitual. E para quê? Para ele dizer não. Porquê que as coisas nunca resultavam como eu queria?
A noite estava com uma temperatura amena, talvez uns vinte e dois graus. Entrei lá dentro e fui vestir umas calças e uma camisola em que as mangas iam até ao cotovelo, peguei no meu casaco de couro e preparei-me para sair.
-Onde é que vais? – perguntou ele.
-Refrescar o meu cérebro – respondi-lhe mal humorada.
-Vou contigo.
-Mas é que nem pensar! – gritei-lhe. Ele ficou surpreendido com o meu grito e com a minha brutalidade súbita, mas naquele momento não me apetecia sentir culpada. – Quero ir sozinha!
-Malu, sê compreensiva – pediu ele.
-Não é a primeira vez que tento ir para a cama contigo e todas as vezes sou rejeitada! Estou farta!
Abri a porta e pensei “até o elevador chegar, vou sentir-me culpada por ter dito aquelas coisas” por isso, seria mais eficiente ir pelas escadas de emergência.
Fui em direcção a elas, furiosa. Se alguém se atrevesse meter-se no meu caminho, não continuaria vivo, de certeza.
-Maria Luísa! – gritou ele, descendo os degraus de três em três. Apressei o passo, mas ele foi mais rápido e prensou-me contra a parede.
-Larga-me! – exigi, batendo no seu peito, completamente furiosa, porque sabia que daqui a três segundos ele estava a beijar-me e estaria a render-me a ele.
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Beijou-me e encostou o seu corpo mais no meu. Apesar de resistir no inicio, não consegui mais do que um segundo estar zangada e furiosa com ele. Entreguei-me ao beijo, mas depois parei.
O meu lado bom dizia que eu devia de pedir desculpas, e que sabia que ele não fazia por mal, mas o meu lado mau dizia que tudo aquilo que eu tinha feito não tinha resultado por causa dele, e portanto ele merecia uma vingança.
-Estou desculpado? – perguntou ele com o ar mais inocente do mundo.
Pensei em pedir-lhe desculpas, mas o lado mau gritou que ele merecia vingança.
-NÃO! – gritei e empurrei-o, voltando a correr o mais rápido que podia, saltando os degraus sempre que podia e nunca perdendo velocidade.
-Malu! – chamou ele, correndo também atrás de mim. Já estava prestes a chegar até à porta de saída quando ele me puxou e me pôs por cima do seu ombro.
-Larga-me! – rosnei.
-Esquece – disse ele.
Não me debati mais. Fiquei como se fosse um peso morto há espera que ele me pusesse no chão e assim aconteceu quando chegámos ao quarto.
-Sabes que mais? – desafiei-o. – Vou dormir na varanda!
Ele deu uma gargalhada e eu fiquei ainda mais furiosa. Peguei num cobertor e numa almofada e fui acampar para a varanda.
-Tu és insuportável! – brincou ele ainda dentro do quarto.
Tentei adormecer naquele sítio, mas só ouvia os carros a passar e algumas pessoas bêbedas a falar alto e a rir. Pensei em voltar lá para dentro, mas estaria a dar parte fraca e isso eu não iria deixar acontecer.
-Maria – chamou ele da ombreira da varanda. – Anda lá dormir para o quarto.
-Não – disse cruzando os braços.
-Tu é que sabes.
Ele voltou lá para dentro e eu acabei por adormecer de exaustão.
Odeio o Jorge.
ResponderEliminarAcho que a Malu vai ter um lindo e romantico presente de aniversario do Taylor.
Amei o capitulo, esperando o proximo.