E a Saga continua em Filme! - 7º capítulo

Primeiro dia de gravações! Espero que gostem!

Capítulo 7




Acordei demasiado quentinha para o meu gosto e as minhas costas doíam. Abri os olhos e a televisão continuava ligada no mesmo canal em que tinha deixado ontem à noite. Estava com uma manta azul escura que jurava que estava em cima do sofá ontem. Olhei para cima e… oh não! Não, não, não! Ele não podia estar aqui! O meu telemóvel tocou e o do Taylor vibrou nas calças dele.

Levantei-me e fui atender o meu telemóvel.

-Estou?

-Maria! Finalmente! Onde é que tu estás? Estamos à vossa espera há duas horas! Sabes onde é que o Taylor está? – disse a voz do director Chris Weitz de rompante.

E agora? Mentir, ou não? Não iria valer a pena mentir.

-Sim, sei. Eu e ele adormecemos a decorar as falas. Vamos já para aí.

-Não vão para os estúdios! Diz ao Taylor que vá ter connosco ao porto de Vancouver. Vamos para a ilha de Vancouver. Têm meia hora para estarem aqui. Depressa.

-Sim, sim, OK. Estaremos aí dentro de meia hora.

Desliguei o telemóvel e fui acordar o Taylor. Ele dormia profundamente e não me apetecia nada acordá-lo, mas tinha que ser.

-Taylor? – chamei-o abanando o seu ombro. – Taylor acorda!

Os olhos começaram a tremer e finalmente abriram-se. Ele olhou para mim e percebeu tudo.

-Oh, merd*! Eu não dormi aqui pois não? Não é possível!

Ele já estava a correr para a porta, mas eu impedi-o.

-Espera! O Chris disse que temos que estar no porto de Vancouver dentro de meia hora. Despachas-te em dez minutos?

-Sim, claro. Está lá em baixo dentro de quinze minutos. Eu sei onde havemos de ir.

-OK. Até já.

Ele saiu porta fora e eu fui vestir-me rapidamente. Lavei os dentes, dei uma penteadela ao meu cabelo e corri porta fora. Como ainda faltavam cinco minutos, assaltei o self-service do pequeno almoço e preparei dois pães com fiambre e queijo. Fiquei à espera dele na recepção e ele veio logo.

-Vamos – disse ele pegando na minha mão e saindo do hotel.

Corremos para o carro dele e ele seguiu logo.

-Toma – disse entregando-lhe um pão. – Vê se comes.

-Obrigada – respondeu ele pegando no pão e dando logo uma dentada. – Trouxeste os guiões?

-Claro. Trouxe os dois.

-Ainda bem – suspirou ele.

Saímos do carro e montes de paparazzi tiraram-nos fotografias. Corremos para ao pé da equipa de produção que nos cobriu logo e entrámos no barco. Alguns actores estavam lá a assistir a nossa chegada atribulada. Nem tivemos tempo de dizer nada. Os maquilhadores já estavam a cuidar de nós e fui há casa de banho trocar de roupa.

Quando chegámos há ilha, a equipa de produção começou a montar as coisas enquanto eu e o Taylor comíamos mais qualquer coisa.

-Com que então adormeceram, foi? – brincou o Alex. – Estou mesmo a ver! Em que quarto foi?

Eu e Taylor olhámos um para o outro e desviámos logo os olhares. Como ele não dizia nada, decidi dizer eu:

-Sabes Alex? Ao contrário de ti, nós não ficamos num quarto de hotel só para fazer uma certa coisa que eu sei que tu fazes. Ao contrário de ti, estivemos a estudar as falas e se neste momento me perguntares quais são, eu sei-as todas de cor e salteado.

Todos ficaram a olhar para nós até que o Alex murmurou:

-Sabes que estava a brincar, não sabes?

-Oh, eu sei – afirmei. – Fui suficientemente boa actriz para pensares que estava zangada contigo por teres dito aquilo?

Ele suspirou de alívio e disse:

-Demasiado convincente. Assustei-me com o teu tom de voz.

-Ainda bem. Significa que eu treinei o suficiente a colocação da voz ontem.

Todos se riram incluindo eu própria. A diversão acabou rápido quando o Chris nos chamou para começarmos a gravar. Tivemos que repetir a cena vezes e vezes sem conta, de diferentes ângulos e de diferentes maneiras. Nos intervalos retocavam a maquilhagem e os cabelos.

O primeiro dia de filmagens estava concluído e no final do dia fomos todos jantar a uma pizzaria. O ambiente entre nós era fantástico e fiquei bastante tempo a falar com o Boo Boo e com a Julia (sendo que ela era a única rapariga ali, para além de mim).

-Alguém quer acabar com a minha pizza? – perguntou a Julia.

-Eu como, não te preocupes – disse o Chaske tirando as duas fatias do prato da Julia.

Todos se riram da descontracção com que fez aquilo. Depois de pagarmos a conta, fomos para os nossos hotéis. Apenas o Kiowa Gordon é que estava no mesmo hotel que eu e o Taylor, por isso, ele foi connosco. Despediu-se de nós e quando o Taylor ia para o quarto dele (era a dois quartos de distância do meu) perguntei-lhe:

-Não queres decorar as falas comigo?

Ele pareceu surpreendido com o meu convite, mas abriu um sorriso colgate para mim e disse:

-Aceito, mas numa condição: tem que ser no meu quarto.

-OK. Vou só tomar um banho rápido. Vinte minutos e estou aí.

-Está bem. Até já.

O meu banho foi um dos mais rápidos de toda a minha vida, sequei o meu cabelo apenas com a toalha, vesti uns calções que usava no basquete (pormenor: são longos e largos), uma T-shirt larga preta e um casaco de algodão que eu usava no Inverno, mas eu adorava-o tanto, que não resisti em trazê-lo. Peguei nos roteiros e fui ter ao quarto do Taylor.

-Oi. Entra.

Entrei no quarto e notei que estava excepcionalmente arrumado excepto o pormenor de ter uma T-shirt no meio do chão.

-Ainda bem que trouxeste o meu guião – disse ele arrancando o guião das minhas mãos. – Se alguém te raptar, fica com dois guiões do filme mais esperado do ano.

-Espero bem não ser raptada entretanto.

-Não irás. Eu protejo-te – sussurrou ele ao meu ouvido na brincadeira.

-Sim, está bem. Posso esperar sentada – disse sentando-me no sofá.

-Porquê um casaco tão quente?

-Estou com medo de me constipar a ir de um quarto para o outro – brinquei.

-Hoje estás muito engraçadinha – comentou ele sentando à minha frente. – Vamos começar?

-OK.

©AnaTheresaC

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