27 de abril de 2011

E a Saga continua em Filme! - 3º capítulo


Capítulo 3




Fomos num carro preto, discreto, com vidros escurecidos de maneira a não se ver nada lá para dentro. Ele falou que tinham gostado muito do meu casting e afirmou que entre tantas pessoas de cabelo ruivo, eu era aquela que era mais parecida com a Nessie, excepto o pormenor de eu ter o cabelo liso, mas isso resolvia-se. Quando chegámos lá tive que traduzir tudo o que o notário deles dizia para a minha mãe e vice-versa. No final, depois de eu ter lido as páginas há minha mãe em Português ela finalmente assinou o contrato.

Deram-me um cartão de telemóvel novo (eu tinha pedido para eles me darem um, depois pagava-lhes) e dei-lhes o número da minha conta bancária. Eles também já me tinham tratado da dupla nacionalidade (que é? Eles são Summit, conseguem estas coisas rapidamente!), só faltava preencher algumas coisas e a minha assinatura. O rapaz (não era muito mais velho que eu) que me foi buscar ao aeroporto levou-me a mim e á minha mãe ao hotel onde iríamos ficar durante o fim-de-semana. Como era Sábado e o registo civil e os bancos só abririam na Segunda, tivemos que ficar num hotel.

Telefonei há Van e à Gabi a dizer que tinha chegado bem e que, ao que tudo indicava, na Segunda iria ao registo civil entregar os papéis para eu e a minha mãe ganharmos a dupla nacionalidade; na Quarta eu e ela já devíamos de ter o BI e por isso iríamos abrir uma conta no banco. Elas estavam cheias de saudades minhas e perguntaram-me imensas coisas, uma das quais era se já tinha conhecido alguém do elenco. Meu Deus, elas estão super animadas por eu ir conhecer pessoalmente o elenco inteiro da Saga. São doidas, mas eu também, porque eu adoro a Saga (team Edward).

Eu e a minha mãe ficámos o fim-de-semana no hotel a rever os verbos e a gramática em Inglês.

Na segunda o tal rapaz veio buscar-nos para nos levar ao registo civil e a senhora disse que como era um pedido urgente, o mínimo na Quarta estaria pronto. Quando o Will (era esse o nome dele) disse que era da Summit, a senhora só murmurou então que era mesmo muito urgente. Meteu os meus papéis e os da minha mãe logo em primeiro lugar.

Terça-feira foi-me dado o guião e eu comecei logo a lê-lo. Pelos vistos, o filme prometia porque as cenas eram muito emocionais e percebi que para qualquer actor, seriam desgastantes. No entanto, eu sabia que conseguiria aguentar a pressão.

Na quarta o Will veio buscar-nos para: 1) irmos buscar os bilhetes de identidade e os passaportes; 2) irmos a um banco e abrir lá uma conta; 3) levar-nos ao aeroporto rumo a Vancouver.

Depois de termos efectuado os dois passos (eu toda contente e a minha mãe também) ele levou-nos até ao aeroporto, entregou-me as passagens e desejou-me boa sorte. Eu agradeci-lhe por todo o trabalho que teve connosco e vi-o corar.

Eu e a minha mãe fizemos o check-in e o senhor disse que entrássemos por uma porta diferente. Não percebi bem porquê, mas quando olhei para os bilhetes, reparei que eram de 1º classe. Uau! Isto é que não esperava! Fomos uma das primeiras pessoas a entrar e também a tirar a bagagem. Quando saímos do aeroporto vi montes de paparazzi mas não sei como, os seguranças impediram-nos de se aproximar mais e uma senhora que tinha aí 30 anos levou-nos dali para fora.

-Olá, o meu nome é Jane e a Summit contratou-me para vos acompanhar durante estas primeiras duas semanas. Sendo que são novas neste país e neste mundo, ajudar-vos-ei no que puder.

Ela guiou-nos para um carro também discreto e arrancou. Fomos parar a um estúdio. Reparei nisso porque pareciam grandes armazéns e tinham carros em todo o lado.

-Por favor, entrem.

Entrámos e deparámo-nos logo com Chris Weitz.

-Oh, olá Jane! Vejo que já trouxeste a nova estrela e a mãe dela.

-Já estão entregues – disse Jane. Voltando-se para mim. – Voltarei por volta das oito horas. Terás tempo de conviver com o elenco. Até logo.

-Temos pouco tempo. Venham por favor – disse Chris.

Acompanhei-o com a minha mãe no meu encalço.

-Pessoal! – chamou ele, fazendo toda a gente que lá estava calar-se e olhar para ele. – Apresento-vos a nossa Nessie. Chama-se Maria Luísa Fortes e vive no Brasil. Por favor, aceitem-na bem.

Ele olhou para mim e depois para a minha mãe, voltando a olhar para mim e sussurrou:

-Aposto que não queres a tua mãe atrás de ti, certo?

-Absolutamente – disse também num sussurro.

-Venha jovem senhora. Vou mostrar-lhe onde é que a sua filha vai trabalhar.

Encaminhou a minha mãe para fora das portas e foi falando calmamente o Inglês. Só por isso, subiu muitos pontos na minha grande e cheia consideração que tenho por ele. Olhei para os muitos pares de olhos e disse, muito baixo:

-Olá.

A Ashley Greene levantou-se da mesa e aproximou-se de mim. O seu sorriso era fantástico e perguntou:

-Team Alice?

Isto eu não esperava, mas respondi:

-Também. Essa team está em segundo lugar.

Ela gargalhou e alguns que também estavam a olhar para mim também fizeram o mesmo. Não resisti e dei um sorriso para ela.

-Anda, vem sentar-te connosco.

Pegou no meu braço e encaminhou-me para a mesa onde ela antes tinha estado. As outras mesas começaram a conversar baixinho e por momentos pensei que estavam a falar mal de mim.

-Então és tu que vai fazer de Nessie – disse a Nikki Reed. – Não quero que enchas o teu ego, mas acho que és tal e qual a Nessie, excepto no tipo de cabelo.

-Obrigada.

-Então, gostas de compras? – perguntou a Ashley.

-Sim, gosto – admiti.

-Aquela senhora era a tua mãe? – perguntou a Julia Jones.

-Sim, era.

-Desculpa fazer-te esta pergunta, mas tens alguns traços dela.

-É possível – concordei.

-Bem vinda ao mundo dos famosos – disse o Alex Meraz que estava numa mesa diferente, mas veio ter connosco. – Prepara-te para o paparazzi, os autógrafos, as fotografias e muitas outras coisas.

-Não a assustes – repreendeu a Ashley. – Ela é nova neste ramo, não deixes a rapariga traumatizada.

Baixei os olhos, contente por já ter arranjado uma amiga. Não quero dizer que os outros também não sejam meus amigos, mas a Ashley foi a primeira que tomou a iniciativa.

-Olá a todos! Alguma reunião?

Era Taylor. Sim, o Taylor Lautner. Tinha acabado de chegar e tinha vestido o seu tão famoso casaco de pele preto.

-Quem é ela? – perguntou ele.

-Maria Luísa – apresentou a Julia. – O teu par romântico.

Desviei os olhos para a mesa quando ela disse “par romântico”. Graças a Deus que eu só iria representar isto na ficção, porque ultimamente não tinha acertado muitas vezes no meu “par romântico” ideal.

-Fã da Saga? – perguntou-me ele.

Fixei-o com o olhar, não desviando o meu olhar nem por um segundo. Aquela pergunta teria alguma rasteira?

-Pergunta rasteira? – perguntei.

-Ei, tem calma. Não sou nenhum bicho papão. Não tem rasteira, tem curiosidade – defendeu-se ele.

Respirei fundo e soltei o meu melhor sorriso respondendo:

-Sim sou fã da Saga. Mas não do Jacob.

Alguns riram-se incluindo ele mesmo.

-Team Edward?

-80% - respondi. – Os outros vinte por cento são team Alice e team Nessie.

-Hum…OK. Acho que não me preciso de apresentar, certo?

-Absolutamente. Sei quem és.

-Maria Luísa? – chamou o director. – A Jane já está aqui para te levar.

-OK. Obrigada.

Olhei para todos rapidamente e despedi-me deles com um “Godbye”. A Jane e a minha mãe já estavam à minha espera lá fora.

-EI! Maria!

Olhei para trás e Chris vinha a correr ter comigo.

-Amanhã vem, está bem? Temos que fazer o casting fotográfico e começar com algumas fotos promocionais. Está cá às seis da manhã.

-Não faltarei – prometi.

-Até amanhã.

-Até amanhã.

Entrei no carro e Jane levou-nos até ao hotel. Tirámos as bagagens (que tinham ficado no carro) e ela encaminhou-nos até à recepção. A senhora entregou-nos duas chaves (uma a mim e outra à minha mãe). Pelos vistos eu e a minha mãe iríamos ficar em quartos separados.

-Dorme bem querida – disse ela despedindo-se e saindo no terceiro andar.

-Até amanhã, mãe.

Eu iria ficar no… vigésimo andar, por isso tinha ainda muito que esperar. O que vale é que não houve ninguém a entrar ou a sair do elevador, por isso ele seguiu logo. Encontrei o meu quarto e entrei.

Meti a bagagem em cima da cama e comecei a arrumar as coisas no roupeiro. Quando ia tomar um duche batem à porta.

1 comentário:

  1. Parabenes, tô ansiosa para o proximo.
    Achei por um segundo que a Maria ia morder alguém.. kkkkkkkkkkkkkk

    P.S. Quem bate a porta? huuuum
    Muito suspeito..kkkkk

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