15 de setembro de 2013

Opinião: Trilogia The Hunger Games - Em Chamas, de Suzanne Collins (Parte 2)


O segundo livro chama-se Em Chamas e na minha opinião, é o melhor livro da trilogia. As três partes em que o livro está dividido são: “A Faísca”, “O Quarteirão” e “O Inimigo”. Este livro foi cheio de revelações e os leitores que leram THG e seguiram logo para este, não ficaram desanimados de forma alguma. Pelo menos, eu não fiquei.

Neste livro, Katniss é obrigada a entrar para a arena, já que é o ano do Quarteirão e ficou determinado que dois vencedores de cada Distrito, um rapaz e uma rapariga, teriam que ir para a arena, enfrentar outros dois vencedores de cada Distrito. Sendo Katniss a única rapariga a vencer os Jogos no Distrito 12, ela não tem outra opção.

Ser a Rapariga em Chamas não é fácil e sem Katniss notar, ela é a Faísca de uma revolução que está a começar em vários Distritos. Lutam pela sua liberdade, lutam contra o Capitólio e contra o Presidente Snow. Claro que isso traz represálias imensas, até o Distrito 12 é afetado pelo simples facto de ter Katniss lá. Gale, a amizade de infância dela, é espancado quase até à morte por um novo Soldado da Paz. Esse mesmo Soldado, manda um outro Soldado, o Darius, para o Capitólio para ser um Avox, por ter tentado proteger Gale. Desde que Katniss se lembrava, nunca tinha havido um espancamento em público, mas os mais velhos lembram-se e agora vivem com medo. Este foi, sem dúvida, o momento em que tomei conta que as coisas tinham realmente mudado e que a revolução que estava a começar não teria fim. Não se podia voltar atrás, Katniss tinha vencido os Jogos e ela era o símbolo que várias pessoas usavam para dar rosto á Revolução.

A arena é um relógio. Muito bem pensado e até já existem fotos de como é que é a arena. Na minha opinião, é uma ideia genial, isto é, se não fosse tão mortal. Desde o momento que Katniss chega ao Capitólio, vemos os outros vencedores. Eles são todos muito diferentes uns dos outros, mas todos têm aquele toque que os tornou especiais. (O meu especial é o Finnick com o seu cubo de açúcar). Mas só quando se está na arena é que percebemos que, de alguma forma, eles estão quase todos a tentar proteger a Katniss e o Peeta. No início eu até fiquei bastante desconfiada, mas afinal era tudo um esquema. Quase todos os vencedores faziam parte de um grupo de espiões. Esses espiões estavam às ordens do Distrito 13.
O Distrito 13, supostamente, já não existia, mas na parte do livro “A Faísca”, é mencionado que talvez o Distrito 13 exista, o Capitólio apenas quer que as pessoas pensem que não.

Neste livro existe a grande crítica à sociedade que é o desperdício. Na festa que o Presidente Snow organizou, algumas pessoas do Capitólio dizem para o Peeta beber uma coisa para esvaziar o estômago. Katniss e Peeta ficam espantados ao ver a maneira descontraída como falam do assunto, porque eles sabem o que é a pobreza. Enquanto aquelas pessoas comem e depois vão vomitar para poderem comer mais, no Distrito 12 existem pessoas a morrer de fome, que adorariam ter apenas a possibilidade de usufruir um pouco daquele banquete. Na verdade, isso existe de uma maneira bastante próxima no Mundo: enquanto que os países ricos têm comida com fartura e até a desperdiçam muitas das vezes, existem países onde a morte por não ter nada que comer é uma realidade bastante vulgar.

O final do livro é o mais chocante de todos, quando Gale diz a Katniss que o Peeta está refém do Capitólio e que o Distrito 12 já não existe.

Nota do livro: 10/10 (mas eu rebentaria a escala)

A Arena:



Detalhes:
Editora:Editorial Presença
ISBN: 9789722344425
Páginas: 268

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