Conheçam Torchwood,
o spin-off de Doctor Who!
Demorou algum tempo para ter tempo para começar a
ver a série, mas depois de ver o primeiro episódio, eu deixo todas as outras
coisas por fazer, só para ver mais um episódio. Série viciante, cheia de aliens
e pessoas sexys, com temas bastante mais maduros do que Doctor Who.
Vou começar com a Gwen: céus, que mulher cheia de
talento! A atuação de Eve Myles é arrepiante de se ver! Uma personagem bastante
emotiva, que me faz chorar quando chora e rir quando ri. A sua profundidade
enquanto personagem é palpável. Chega até a doer, só de a ver chorar! Porque
quando ela chora, nós percebemos que não é apenas choro, cada lágrima conta uma
história, uma recordação, um pensamento, uma emoção.
Depois temos Captain Jack. Oh captain, my captain!
Se em Doctor Who ele é o maior cowboy
casanova da TARDIS, aqui ele toma uma posição mais responsável, séria e
altamente cativante. Eu já gostava muito dele em Doctor Who, mas em Torchwood
sinto que pudemos conhecer um outro lado dele que ficou inexplorado na
série-mãe e que leva este personagem a outro nível, já que com ele os
escritores da série podem tocar assuntos bastante falados, como a
homossexualidade.
Mas não só: Owen é a prova disso. Confesso que de
início não gostei muito dele; irritante, mal-educado, a pensar que tinha sentido
de humor. Até cheguei a pensar que os escritores o tinham criado para causar momentos
de entretenimento, mas isso de alguma forma, não me atingia. Porém, há medida
que a temporada se desenvolve, entendo que ele era muito mais do que isso desde
o início. Afinal, por baixo daquela casaca de antipatia e desinteresse, está um
ser que só deseja ser amado e entendido pelo mundo. Wow, Owen foi uma caixinha
de surpresas para mim!
De seguida temos Toshiko: ela é tão adorável que eu
sinto que se a conhecesse podíamos criar um clube de leitura! Ela é, sem falta
de termo melhor, a nerd de Torchwood
Cardiff. Génio, é outro adjetivo com que a descreveria. Infelizmente, tenho
sempre a sensação que os escritores não sabem onde a colocar, então às vezes
ela está lá, a ser uma peça fundamental da série, mas noutros, ela fica nas
sombras.
E por fim, temos Ianto. Eu adoro-o! É o interesse
amoroso de Jack (e como o compreendo!) No início da temporada achei que os
escritores não sabiam o colocar, mas depois do episódio em que Lisa aparece
(aka namorada transformada em Cybermen) ele revela-se e é tão absoluto e
emocionante vê-lo ganhar mais tempo de antena na série. De coração partido, mas
amigo e extremamente leal. Quem é que não o queria como melhor amigo?
Mas Torchwood
tem os seus segredos, bastante emocionantes e cheios de tramas que me fizeram
comer um pacote de cookies em apenas 3 episódios! Não quero dar muitos spoilers
para quem ainda não viu, mas eu adorei a primeira temporada! Os episódios não
se conectam muito entre si (tal como em Doctor
Who) mas os temas abordados são tão mais maduros e interessantes. Sinto que
em Doctor Who explora-se mais a
amizade e os laços familiares, enquanto que aqui se exploram assuntos mais
envolvidos com a sexualidade e os laços de trabalho. Afinal, com quem Gwen pode
falar sobre Torchwood para além de
alguém que conhece Torchwood e os
seus segredos? E como é que Owen pode ter-se apaixonado em apenas uma semana
por uma mulher que veio de 1953? Porque é que Toshiko acreditou no alien que
invadiu a sua vida e tomou o colar como seu? Como é que Ianto pode reparar o
seu coração partido depois de ver que a sua Lisa achava que o amor era fundir
um cérebro com outro? Sim, são assuntos que Doctor
Who jamais estaria disponível para abordar, uma vez que causariam discórdia
(eu só penso no beijo da Jenny/Vashtra – a revolução que isso causou!)
Eletreficante. Arrepiante. Emocionante. Imparável. Genial.
Nota da temporada: 8/10
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