18 de julho de 2018

Opinião: The Infernal Devices, de Cassandra Clare

Atenção: Este review irá conter spoilers





A trilogia The Infernal Devices conta com três livros: Clockwork Angel, Clockwork Prince e Clockwork Princess. Estamos no século XVIII, em Londres, e podemos ver que temos aí um grande elemento que faz parte da história: a cidade em si. 

Não é por acaso que esta trilogia é considerada uma das melhores de Cassandra Clare.

O primeiro volume começa com algumas das cenas mais arrepiantes, cenas essas que contêm a história da nossa heroína, Tessa Gray. Afinal, ela é o impossível, algo nunca antes visto no mundo dos Caçadores de Sombras. É logo aqui, quando pensamos que a nossa protagonista vai morrer, que o destino decide introduzir Will e Jem, que a salvam. 

Porém, o mistério que envolve Tessa é um mistério em si ao longo da trilogia, algo que fica de certo modo para segundo plano porque em primeiro lugar estão os Infernal Devices.


Esses quase robots, que são completamente assustadores e que estão muito bem descritos no livro, são os monstros principais que os Caçadores de Sombras do Instituto de Londres têm que enfrentar.

Como personagens principais temos então a Tessa, o Jem e o Will. Formam assim o triângulo amoroso, um ponto que eu considerei já demasiado saturado e explorado noutros livros e que não trouxe nada de novo ao mundo literário. É claro que a criação de um triângulo amoroso traz sempre alguma tensão, mas não vi tal coisa, apenas as indecisões quase infantis de Tessa, que não sabia qual deles escolher e que, no fim, acabou com os dois. 

As personagens secundárias eram todas interessantes e as narrativas paralelas que enfrentavam eram tão boas como a narrativa principal, o que fez com que eu virasse cada página sem saber o que esperar. Acredito que as personagens são o que movem a história e esta trilogia é o exemplo perfeito disso. Uma das minhas favoritas foi, claro, a de Charlotte Branwell, tão nova e com tanto poder em cima. Creio que a sua luta seria realmente algo digno de um livro só em si!

Como todos os livros de Clare, este também está cheio de ação, com momentos arrepiantes e outros de tirar a respiração. Como não é obrigatório ler os livros da saga que acontece duzentos anos depois, Clare tem atenção aos pequenos detalhes que explicam bastante bem o mundo dos Caçadores de Sombras, sem colocar demasiada informação, mas dando-nos essa informação ao longo do tempo e à medida que nos embrenhamos mais no mundo. 

O último livro foi o fechar de um ciclo e é claro que existem muitos elementos que se cruzam com a saga que acontece dois séculos depois, The Mortal Istruments.


Pessoalmente, tenho um carinho muito especial por esta trilogia porque comecei a lê-la quando ainda estava em Londres e até tive a oportunidade de visitar o "Instituto" de Londres, que é uma igreja completamente colocada de lado, no meio de uma cidade que cresceu à sua volta e que contém imensa história. 

Vale a pena ler esta trilogia, para quem é fã de Cassandra Clare, mas para também quem não é e deseja ler algo que seja considerado YA e que também contenha algum romance histórico (porque nada é tão histórico como Londres no século XIX) estes são os livros perfeitos. 




©AnaTheresaC

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